quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Canteiros




Canteiros
Fagner
Composição: Fagner / sobre poema de Cecília Meireles


Quando penso em você

Fecho os olhos de saudade

Tenho tido muita coisa

Menos a felicidade


Correm os meus dedos longos

Em versos tristes que invento

Nem aquilo a que me entrego

Já me dá contentamento


Pode ser até manhã

Sendo claro, feito o dia

Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria


Eu só queria ter do mato

Um gosto de framboesa

Pra correr entre os canteiros

E esconder minha tristeza

E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...

E deixemos de coisa, cuidemos da vida

Senão chega a morte

Ou coisa parecida

E nos arrasta moço

Sem ter visto a vida


É pau, é pedra, é o fim do caminho

É um resto de toco, é um pouco sozinho

É um caco de vidro, é a vida, é o sol

É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

São as águas de março fechando o verão

É promessa de vida em nosso coração.

2 comentários:

Julia Pereira disse...

Cecília..vc sabe como a amo, aprendi a gostar dos versos e das poesias com ela, meu sonho ser uma Cecília rsrs.
Obrigada moça por toda força, obrigada principalmente pela verdade, nada mais original e único que isso...digno de quem pode e não de quem quer.
Lhe admiro como admiro Cecília...
Bjusssss=**
e te adoro muito

anareis disse...
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